Nome: Battlefield 3
Um das grandes novidades – se pensarmos que estamos perante
a continuação do Battlefield 2 – passa pela inclusão de uma campanha a solo.
Pela primeira vez, a série Battlefield teve direito a uma narrativa, após
várias tentativas em jogos como Battlefield: Bad Company e Battlefield: Bad
Company 2. Como não poderia deixar de ser, a história envolve um soldado
norte-americano, terroristas russos e conspirações contra a América. O nosso
personagem, o sargento Blackburn, foi posto numa sala para ser interrogado pelos
serviços de segurança interna, onde iremos voltar atrás no tempo e reviver cada
uma das missões em que esteve envolvido por forma a evitar a conspiração que
paira no ar.
Esta é, sem margem para dúvidas, a melhor campanha que algum
Battelfield alguma vez teve direito mas, infelizmente, isso não significa que
seja a melhor campanha presente num jogo do género. A narrativa está cheia de
clichés e o nosso papel é maioritariamente secundário. Estamos sempre a seguir
alguém para algum lado que, grande parte das vezes, nos leva à morte devida à
fraca inteligência artificial. Não posso deixar de dizer que a sua linearidade
e a falta de aproveitamento do motor de destruição, um trabalho de vozes menos
conseguido e a sua curta duração tornam esta narrativa fácil de esquecer.
A inclusão de um modo cooperativo vem ajudar a esquecer o
single-player. Até um máximo de quatro jogadores podem jogar nas seis missões
disponíveis, onde os seus objectivos variados e a sua linearidade irão fazer
com que muitos desfrutem mais deste modo do que a campanha. Os seis mapas são
retirados de localizações do modo “secundário” e metem os jogadores a cumprir
objectivos que vão desde destruir um determinado alvo a defender um um ponto no
mapa, enquanto enfrentam muitas vagas de inimigos. O desafio oferecido por este
modo suplanta definitivamente o da história, oferecendo cerca de 15 minutos de
intensa acção e sem checkpoints. Para ajudar a equilibrar as coisas, estão
inúmeras caixas de munições espalhadas pelos níveis, para além da possibilidade
de podermos “devolver” a vida aos nossos companheiros.
Mas tratando-se de um jogo que conta com um historial muito
bom no que toca aos modos multijogador competitivo, Battelfield 3 vem novamente
confirmar esse estatuto, sendo essencialmente uma excelente experiência online
que recorre ao uso de físicas.
Battlefield 3 continua o trabalho desenvolvido em jogos
anteriores e expande-o para algo em grande escala e mais intenso que nunca. Com
o regresso das batalhas com 64 jogadores na versão PC, Battlefield 3 consegue
facilmente ser a maior e melhor experiência disponível actualmente no mercado.
O caos e a ferocidade vividos nestes encontros multijogador parece que nos
coloca directamente no meio de um conflito, imergindo-nos na acção de uma
maneira impressionante.
Continuando o trabalho de instalações anteriores, a
produtora incluiu algumas alterações nas classes, tornando-as mais versáteis.
Existem, portanto, quatro classes por onde escolher – Assault, Engineer,
Support e Recon. Cada uma destas classes foi reestruturada para colmatar a não
comparência das outras (Medic, Anti-Tank,etc...), sendo galardoadas com todo um
role de gadgets específicos para cada uma. Desta vez, cabe à classe Assualt dar
vida aos companheiros de equipa, enquanto que a classe Support terá de fornecer
munições e valentes rajadas de tiros (o chamado fogo de supressão). Mais uma
vez, a DICE dá primazia ao trabalho de equipa, graças ao aprimorar destas
quatro classes, tornando o jogo mais balanceado. Posso-vos dizer que do que joguei,
não notei que alguma destas classes fosse overpowered.
Naturalmente, a vertente multijogador conta com um sistema
de progressão semelhante ao encontrado nos jogos anteriores. O jogador irá
ganhar pontos consoante o seu desempenho no campo de batalha, que irão
desbloquear novas armas, acessórios e “perks” com a particularidade da
experiência ganha ser restrita à classe usada nessa ronda. Neste departamento,
vocês terão largas horas pela frente até conseguirem desbloquear tudo.
Para além dos habituais modos de Team Deathmatch, o jogo
conta com o clássico Conquest, onde os jogadores terão de capturar bandeiras
por forma a reduzir os tickets da equipa adversária, e o muito popular modo
“Rush”, em que a equipa atacante terá de destruir estações M-COM, enquanto a
outra terá impedir que isso aconteça. A destruição de uma estação M-COM irá
desbloquear uma nova zona do mapa. Estes dois modos - e não é por acaso são os
mais populares – funcionam eximiamente com os mapas enormes incluídos em
Battlefield 3. O sentimento que nos emerge num conflito de grande escala volta
aqui a mostrar-se, e estes são definitivamente os modos que vincam a
personalidade de Battlefield 3.
À disposição do jogador está um número considerável de
veículos, que sempre fizeram parte desta franquia, e que influenciam o
resultado de uma forma bastante considerável. Isto acontece, porque a
utilização destes veículos está dependente de alguns factores como a habilidade
do jogador que os controla e o trabalho de equipa. Imaginando duas equipas perfeitas,
iremos ter a oportunidade de assistir às melhores batalhas de sempre, onde um
pequeno pormenor pode decidir o resultado dessa ronda. A habilidade de se poder
fazer spawn junto dos líderes de equipa, evita a tediosa corrida num mapa
enorme e que, na maioria das vezes, resulta numa morte certa. Porém, e se no
vosso caso não gostam de conflitos com muitas pessoas, existe a possibilidade
de personalizar o número de jogadores (16/24/32/64).
O controlo destes veículos é relativamente intuitivo e os jogadores
não irão encontrar grandes dificuldades em adaptar-se aos diferentes tipos.
Isto é um facto, e se são jogadores dos títulos anteriores, a vossa adaptação
não irá necessitar de grande destreza da vossa parte.
A espectacularidade de Battlefield 3 chega-nos nos mapas com
secções mais urbanas, em que a acção se torna muito, mas muito divertida. Um
dos grandes responsáveis por este acontecimento, é o motor de jogo Frostbite 2,
que faz com seja praticamente tudo destrutível. Esta destruição faz com que a
acção não pare, dando uma imprevisibilidade característica desta franquia. Se
num momento estamos dentro de um edifício, noutro estamos a morrer porque
alguém detonou cargas C4 e o fez ruir em cima de nós. Só o facto de haver
destruição em grande escala faz com que as rondas nunca sejam iguais, elevando
o seu valor de repetição para algo superior ao encontrado noutros jogos.
A credibilidade dos acontecimentos supracitados, advém,
também, da apresentação de um grafismo soberbo. Battlefield 3 tornou-se a nova
referência dos tempos actuais. O jogo fornece tanta informação visual que mesmo
passadas largas horas, nós ainda continuamos a descobrir novos pormenores que
nos deixam de boca aberta. Seja a explosão de uma granada que faz abanar as
folhas das árvores, a nuvem de pó que se levanta após o disparo de um tanque ou
o pó e as pintas que se vão acumulando no ecrã do nosso jogador e que são
reveladas quando a luz incide sobre nós, fazem deste jogo um “must”.
Fonte: mygames
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