call off duty wm3
Em pleno ano de 2012, já não restam dúvidas sobre a
importância da série Call of Duty, tendo alcançado o estatuto de uma das
maiores potências do mercado dos videojogos desta era, algo iniciado desde que
a série trocou a 2ª Guerra Mundial pela guerra moderna. E independentemente do
muitos pensam acerca da Activision, é impossível negar o quão crucial esta
série foi para definir os FPS desta geração de consolas.
Mantendo a tradição da Activision em lançar um Call of Duty
todos os anos, chegou a vez da Infinity Ward, em cooperação com a Sledgehammer,
voltar a demonstrar que tal sucesso não foi alcançado ao acaso, oferecendo-nos
a continuação de Call of Duty: Modern Warfare 2 que muitos aguardavam
impacientemente.
Call of Duty: Modern Warfare 3 coloca-nos imediatamente após
os acontecimentos do Modern Warfare 2, num mundo ficcional moderno que acaba de
assistir ao despoletar da 3ª Guerra Mundial. O capitão Price e Soap continuam a
ser procurados, enquanto perseguem e tentam expor ao mundo o lunático que iniciou
o conflito entre a Rússia e a América, Vladimir Makarov. Sendo a história uma
das razões de sucesso da série “Modern Warfare”, a tradição dita que vejamos a
história de vários pontos de vista na pele de vários personagens, culminando
numa experiência que não defraudará os fãs.
Todos aqueles que não dispensam um bom modo a solo, podem
ficar descansados acerca desta narrativa. Estamos perante uma narrativa que
coloca um ponto final satisfatório nesta trilogia da série “Modern Warfare”. Os
típicos momentos dramáticos e frenéticos estão de volta, com várias cenas
explosivas e outras mais calmas que, certamente, irão trazer-vos algumas
memórias de jogos passados. Infelizmente, a campanha é curta, mas suficiente
para vos oferecer uma aventura excitante, cheia de acção “hollywoodesca” numa
enorme variedade de localizações espalhadas pelo globo.
Dito isto, e visto que estamos perante o terceiro lançamento
desta franquia da Infinity Ward, Call of Duty: Modern Warfare 3 não consegue
causar o mesmo impacto que o seu predecessor. Este costuma ser o problema que
todas as produtoras enfrentam quando chegamos aos terceiros capítulos, onde é
muito difícil de se reinventarem reduzindo, assim, as probabilidades de
conseguirem surpreender os jogadores. Algo patente desde o início deste
terceiro capítulo, está a intenção da Infinity Ward em refinar o que foi feito
anteriormente e embora consiga arrancar-nos um ou outro “wow!”, aqueles que
procuram cenas memoráveis como do mítico “No Russian” – que chocou tudo e todos
- poderão ficar um pouco desapontados.
Para além do modo campanha, Modern Warfare 3 conta com o
regresso do modo “Spec Ops”, onde um ou dois jogadores se juntavam para
completarem vários objectivos. Neste modo foram introduzidos novos mapas – a
maior parte foi retirada do modo campanha – que variam entre desactivar bombas
ou recolher amostras.
A grande novidade do modo “Spec Ops” está na introdução do
modo Survival onde, até um máximo de dois jogadores, terão de sobreviver várias
vagas de inúmeros inimigos. Nele, irão ganhar dinheiro que poderá ser utilizado
para comprar perks, armas, e equipamento. Claramente, esta é a resposta da
produtora ao modo “Zombies” da Treyarch, que apenas peca por ser um modo de
sobrevivência com um limite de dois jogadores.
Porém, desde Call of Duty 4: Modern Warfare que os modos
mais jogaodos pelos jogadores são os modos multijogador competitivo. Neste
departamento, Modern Warfare 3 vem novamente muito bem servido, graças ao
trabalho da Infinity Ward em alterar aspectos menos conseguidos dos jogos
anteriores, dando uma maior profundidade e acessibilidade a todos os jogadores.
A maior alteração está na maneira como o sistema de
Killstreak foi alterado. Existem agora três pacotes – Assault, Support e
Specialist - construídos para os diferentes tipos de jogador e assegurando que
todos tiram partido do jogo. Esta nova maneira de jogar consegue ser
bem-sucedida em ajudar os mais novatos da série, bastando apenas escolher o que
mais se adequa ao vosso estilo de jogo.
A Assault Package foi criada a pensar naqueles jogadores que
conseguem manter uma série de mortes sucessivas sem morrerem. Os que o
conseguirem fazer terão acesso a todo um role de ferramentas de ataque como
“Predator Missile” ou “Assault Drones”. O Support Package, como o nome indica,
está mais virado para aqueles jogadores que gostam de ajudar os outros e
realizar acções de suporte. Este pacote oferece a possibilidade de manter
sucessão de mortes, mesmo que sejamos abatidos no processo. Obviamente, esta é
a classe que tem direito a UAV, Counter UAV e até o Advanced UAV. Por fim,
temos o Specialist Package que foi criada com o intuito de favorecer os prós,
aqueles jogadores que conseguirem manter a sucessão de mortes irão desbloquear
uma nova perk a cada duas mortes, o que na realidade quer dizer que bastam 8
mortes para o jogador ter acesso a todas as perks do jogo.
O uso destas “Strike Packages” retira a importância de matar
e de ser “o maior da aldeia”, privilegiando a obtenção de pontos. Ou seja,
através deste sistema, a Infinity Ward consegue fazer o jogador sentir-se
recompensado pelos diferentes tipos de acção, seja ela capturar uma bandeira ou
assistir na morte de um inimigo. Todos ganham alguma coisa de uma forma mais
justa que nos anteriores títulos.
Mas o trabalho da produtora não ficou por aqui, sendo que as
perks foram também alvo de várias mudanças. A mais notória está no facto das
perks que eram centradas em dar vantagem a um único jogador, foram trocadas por
outras mais viradas para o suporte. Assim sendo, perks como Stopping Power e
Last Stand – para o agrado de muitos - saltaram fora, enquanto outras como o
Blind Eye e Assassin foram implementadas. Embora só a longo prazo possa ser
dito se estas alterações foram ou não bem-sucedidas, eu notei um maior
equilíbrio no sistema de jogo, sendo algo que a série Modern Warfare
necessitava.
Quanto a modos de jogo podem contar com os habituais “Team
Deathmatch”, “Domination”, “Capture da Flag” entre outros, assim como a estreia
de dois novos: “Kill Confirmed” e “Team Defender”. O primeiro trata-se de uma
variação do modo “Team Deathmatch”, onde a morte de um membro adversário só é
válida após a aquisição da “Dog Tag” largada pelo inimigo abatido. A equipa
adversária pode evitar esta morte capturando a chapa de identificação. No “Team
Defender” as equipas ganham pontos cada vez que conseguirem transportar a
bandeira sem deixarem cair.
A Beachhead teve também um grande papel para esta nova
aventura da Infinity Ward e Sledgehammer, com a criação do novíssimo Call of
Duty Elite, uma ferramenta social que leva a série mais além. Aqui poderão
consultar todas as vossas estatísticas, formar clãs, procurar ajuda
“profissional”, através da disponibilização de vídeos e textos dos mais
variados assuntos relacionados com o jogo, e até partilhar vídeos, partilhar
vídeos e esfregar no facebook quem manda. O serviço base é gratuito, podendo
ser actualizado para a versão “pro” mediante do pagamento de uma quantia.
Infelizmente, este serviço não se encontra disponível no PC, nem a totalidade
das suas opções no nosso país, devido à legislação portuguesa.
Se são daqueles que procuram grandes mudanças no grafismo ou
na jogabilidade, podem tirar o “cavalinho da chuva”. A Infinity Ward claramente
preferiu jogar pelo seguro ao não alterar a fórmula de Call of Duty: Modern
Warfare, limitando-se a introduzir mais conteúdo e a afinar a sua estrutura de
multijogador. Mais uma vez, o gozo e a rapidez proporcionada pela acção do jogo
continuam a ser a razão dos elevados graus de "viciação" que os
jogadores apresentam.
Modern Warfare 3 traz-nos a conclusão da história iniciada
em 2007 e o aperfeiçoar da fórmula multimilionária que o tornou tão conhecido e
o catapultou para a ribalta. É certo que não encontrarão grandes surpresas
neste terceiro capítulo da série mas as produtoras envolvidas no projecto
conseguiram mostrar que isso não significa, de todo, que este não seja o
shooter que os fãs desejavam.
fonte: mygame,pt
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